Com Miguel, um susto: pneumonia. Em um ano e cinco meses de
idade era a primeira vez que o pequeno era acometido por algo sério assim. Do
consultório, direto pra casa da vovó Nininha.
O meu exame tinha sido ótimo. Depois dos sobressaltos dos
meses anteriores, poder passar por uma ultrassom na minha cidade era motivo de
gratidão a Deus. Eu estava com 27 semanas de gestação e, agora, tudo corria bem
com o bebê.
Do laboratório, fui para o Miosótis. Havia planejado umas
atividades em comemoração ao Natal para as turmas da Educação Infantil,
segmento que eu coordenava. Foi um dia puxado, mas feliz.
No final da tarde, fui pra casa da minha mãe, jantar e pegar
Miguel. Quando Ricardo saiu do trabalho, nos encontramos em nossa casa pra
terminar aquele dia.
Na madrugada, acordei com dores. Prestei bem atenção: eram
"aquelas" dores. Acordei Ricardo e dei essa notícia. "Tem
certeza? É do mesmo jeito de quando Miguel nasceu?". Confirmei, mas disse
que estava ainda no começo.
Augusto tinha de nascer no Rio de Janeiro. Por ter sido um bebê
de risco, tive de fazer o pré-natal fora de Friburgo e encontrar um hospital
com UTI neo-natal.
Ricardo me pediu, então, mais uma horinha de sono, pra poder
pegar a estrada bem disposto. Foi a conta. Uma hora depois, as dores estavam
aumentando e, depois que eu o acordei, enquanto arrumávamos bolsa e
telefonávamos para o obstetra, a bolsa rompeu.
Mas deu tudo certo! Fomos até a maternidade pública nos
certificar do meu estado. E partimos em seguida.
Estávamos calmos e felizes. Miguel ficara dormindo, acompanhado
pela titia Maísa. E, menos de 24 horas depois daquela ultra do dia 07/12,
Augusto vinha ao mundo, numa quinta-feira chuvosa e fria, em pleno dia de Nossa
Senhora da Conceição, nascido no Hospital do Amparo, que fica na Rua da
Estrela. Só podia mesmo ser esse menino especial, carismático, inteligente e
afetuoso que encanta a todos. E já se passaram onze anos dessa linda história
que não me canso de contar.
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