A espada é arma. Ataca, defende. Fere, mata.
A rosa é arma. Perfuma, enfeita. Presenteia, embeleza.
A espada encoraja. Ter uma espada embainhada
significa a possibilidade de se defender rápida e objetivamente. A defesa pode
ser contra algo ou contra alguém. A espada na cintura é poder apenas por isso:
o poder de ter uma arma.
Mas de nada vale uma espada se ela não for bem usada. Empoderado
não é quem tem a espada; antes, é quem sabe bem manejá-la. As lutas necessitam
de sujeitos e não apenas de pessoas.
A rosa encanta: na promessa do botão que um
dia se abrirá; nas pétalas abertas que deslumbra o olhar. A força da cor é tão
intensa que só se vê a flor. E os espinhos aparentes, mas não enxergados, se
escondem atrás do que a rosa significa. O encantamento está aí - a beleza que
se sobrepõe a dor.
Entre a espada e a rosa, sempre é preciso
decidir.
Às vezes é preciso escolher a espada. Tempos
de luta - concreta, física, objetiva.
Às vezes é necessário escolher a rosa. Tempos de luta - amorosa,
sensível, subjetiva.
Mas a espada e a rosa estarão sempre lá. E,
antes que optar por uma ou por outra, há que se deixar sentir, para além das
normas preestabelecidas quando endurecer e quando se sensibilizar. Porque a
vida exige SER em todas as situações em que se deva estar.
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