domingo, 7 de março de 2021

Peço aos céus para me proteger

A Pandemia da Covid-19 continua atingindo a muitos e ceifando vidas pelo mundo afora. No Brasil, um ano depois do primeiro caso detectado, os dados são terríveis. A vacinação, tardiamente iniciada se comparada a outros países, segue a passos lentos. E tudo ao nosso redor é assustador, grotesco, desalentador.

A despeito de toda a dor, medo, indignação, preocupação e até desânimo em muitos momentos, sigo pelas redes sociais falando sobre alegrias. Não é alienação. É a busca por trazer à tona experiências vividas que possam iluminar dias sombrios.

As tristezas que nos rondam fazem meu coração chorar. Todo dia. 
Sigo, então, buscando alento. Na fé. Na arte. Quase nunca é fácil. O esforço é grande para manter acesa a chama da esperança.

Lembrei-me de uma música que, desde o título, é o texto que eu queria para este momento. Ela se chama “Oração” e eu destaco seus primeiros versos:

Peço aos céus para me proteger
E eu não hei de ceder
Ao vazio desses dias iguais
Mal em mim nunca há de fincar
Mel em mim nunca há de findar
Olhos nus e atentos aos sinais
Faço fé para poder ver
A vida há de ser sempre mais
Peço aos céus para me defender
De engolir o sofrer
Contato vir a ter jamais
Com o invisível que paira no ar
Dos que querem ver sangrar
Ilumine, e que sigam em paz
Faço fé pra poder ver
A vida há de ser sempre mais
Se acaso a peste
A tempestade trouxer
Que ao se aproximar de mim, suma
Que no seu lugar
Nunca demore a brotar
A celeste semente do amor
Envolto por espirais
Num manto de azul-lilás
Conserve meus bens vitais e calor
Cuide para crescer
E enfim florescer a flor de cristal
Sobre nossos quintais


(Oração, composição de Dani Black)

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